Caríssimo Ovadia.
Cheguei em casa ontem à meia-noite, mas só agora estou em condições de começar a escrever, pois estava tentando botar a casa em ordem, principalmente na correria contra o tempo porque tem feriado esta semana.
É sempre salutar para qualquer instituição ou associação de classe, um encontro como esse que a Apacos realiza pontualmente no outono de cada ano,onde,além de rever amigos e matar saudades,podemos praticar nossa auto-indulgência,de prosa seca,inerme, descarnada,sem um único grama de gordura,praticando endogamia, como acontece entre verdadeiros amigos,já que vivemos um cotidiano oprimido pela sintaxe que o leitor exige.Que dirá quando mimados por um hotel da categoria do Sheraton,cuja unidade WTC reúne uma constelação de estrelas que cintila com intenso brilho a partir do momento em que o Bell Capitain recebe nossa bagagem até o delicado atendimento do check-out,em que acomodar expectativas sempre ultrapassa os limites do imaginário, enfatizando sua alta qualidade de atendimento.
Nesse período em que ficamos sob os amorosos cuidados do staff do hotel,no vivo exercício de sua atividade,recebíamos mimos que imagina-se serem dedicados apenas a celebridades.E não a hóspedes como nós,moldados sob o insulfilm do anonimato.Esses afagos que recebemos a todo instante, também foram emanados da Apacos,que demonstrou mais uma vez,para gáudio de todos nós,membros,ter sido inoxidável ao longo desses 25 anos de existência,sem precisar dar um recall no marcapasso.
Esses colunistas,deixaram suas cidades e os compromissos sociais do fim de semana, em busca de um convívio altamente necessário,de troca de experiências profissionais.Não há quem saia do Congresso como esse - que desfrutamos no colo carinhoso,consistente em atenções, oferecido Apacos -sem levar consigo um bornal de efusivos agradecimentos.
Com doses refinadas de programas elencados pelo schedule por você organizado,no vivo exercício da Presidência,exuberante em informação e enograstronomia,como a pré-abertura da Casa Cor para a mídia,o jantar no Barbecue e o almoço no Terraço Itália,o nosso congresso colhe louros pelo exuberantes resultados.E sob o matraquear de tiroteios de flashes,claro, porque acho que, condição sine qua para alguém ser colunista é ter talento para registrar com sua câmera e de forma esfuziante,o que vê,para transmitir como uma deliciosa oferta no balcão de favores de um formador de opinião, garantindo e alicerçando a aura de joie-de-vivre que leva o leitor ao ideário raso de como deve ser a vida de um colunista.Como se cada colunista carregasse consigo uma caixa de pandora,de onde ao ser aberta, só sai glitter e champagne borbulhante.
Não estarei viajando na maionese se afirmar que desde o pretérito dos tempos é assim,quando os ancestrais dos colunistas, metiam-se a registrar a Palavra no Velho e o Novo Testamento, declinando aos apóstolos cada uma de suas epístolas, que vieram a lume na primeira manifestação da mídia, a Bíblia, para os grotões de seus seguidores.
Fico feliz, como um dos fundadores da Apacos e da Febracos,ao saber que, em vez de combalida, nossa Apacos está cada vez mais consistente, demonstrando que seus alicerces foram bem fincados em terreno sólido e podemos apreciar sem moderação.
Um destaque se faz necessário às meninas da Double B – é esse o nome?- eficazes ao extremo, competentes, carinhosas, sem permitir um deslize sequer,prontas para desfazer qualquer problema enovelado no percurso do congresso. Dez com louvor!
Uma reclamação que acredito pertinente: a ausência de nossa biondíssima e amada Vera Martins,cuja presença sempre foi um bálsamo em qualquer congresso,que, embora esteja residindo em Aguaí para cuidar de uma irmã enferma,fez uma falta enorme.O Germano Augusto,de vivência pontuada nos congressos anteriores - outro jurássico como eu que sou jovem em velha moldura - reclamou a ausência de alguns colunistas entre os mais antigos que, por compromissos em suas cidades, não puderam estar presentes. Espero que da próxima vez, pensem com carinho no evento. E espero também que eu demore para que as pessoas sintam minha ausência porque, se depender de mim, pretendo estar em todas e dedicar cega obediência ao primeiro chamamento.
Um beijo carinhoso a todos os anfitriões e participantes, pelo carinho para comigo e paciência com minhas brincadeiras.
E save the date: 22 de fevereiro de 2014, vou realizar o Gala de Carnaval nos salões do Harmonia Tênis Clube, com orquestra de 22 elementos tocando marchinhas e emblemáticos samba de enredo.Traje para mulheres:robe de soirée com arranjos de cabeça ou fantasia de luxo.E para homens,Black-tie ou fantasia de luxo. Prêmios suntuosos para os melhores e para os blocos. Jantar de cardápio requintado, all inclusive.Serão bem-vindos,mas sem hotel,porque vocês estão pensando que aqui tem Sheraton? Take your little horse out of the rain!
Beijaço saudoso.
WALDNER LUI
THE JOURNAL – São José do Rio Preto - SP
Março de 2013
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