A cidade de São Paulo, completa este ano 461 anos de fundação. Movimentos, personagens e acontecimentos marcaram a longa história desta cidade. O sambista Adoniran Barbosa, por exemplo,
foi uma importante figura nesta trajetória cultural de São Paulo.
Adoniran nasceu no dia 6 de agosto de 1910, na cidade de Valinhos, interior de São Paulo. Desde cedo largou os estudos e começou trabalhar. Aos 22 anos de idade veio para a capital
e no início da década de 30, começou frequentar programas de calouros, como o da rádio Cruzeiro do Sul de São Paulo. Por sua voz fanha foi desclassificado várias vezes, mas, com a música “Filosofia” de Noel Rosa, Adoniran conquistou o primeiro lugar no programa
de Jorge Amaral.
Adoniran Barbosa não achava que seu nome verdadeiro, João Rubinato seria nome de cantor de samba, então resolveu pegar o nome Adoniran de um amigo e o sobrenome Barbosa em homenagem
ao sambista Luiz Barbosa.
As letras de suas canções sempre falaram sobre São Paulo. As músicas “No Morro da Casa Verde”, “Samba do Arnesto”, “Iracema”, “Um Samba no Bexiga” e entre muitas outras, sempre retrataram
alguns lugares da cidade, como o bairro do Brás, a rua São João, o bairro da Casa Verde e do Bexiga e também o bairro do Jaçanã que tem em sua história a música de maior sucesso do sambista, “Trem das Onze”.
Adoniran, que ao longo de sua carreira gravou oito discos e compôs uma média de 90 músicas, morreu no dia 23 de novembro de 1982, aos 72 anos e foi enterrado no Cemitério da Paz,
localizado no bairro do Morumbi, e que faz parte da Associação Cemitério dos Protestantes (Acempro). Sua história e seu amor pela cidade, o fez ser um importante ícone, deste imenso e diversificado lugar que é São Paulo.
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